segunda-feira, 28 de maio de 2007

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM DISLEXIA: RELATOS DE CASOS

Prefeitura do Sinop(MT)
Secretaria Municipal de Educação e Cultura
Serviço de Educação Especial

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM DISLEXIA[1]
Professor: MS Vicente Martins (Universidade Estadual Vale do Acaraú)- E-mail: vicente.martins@uol.com.br



Período: 26 de fevereiro a 02 de março de 2007
Casos
Diagnóstico
Prevenção
Intervenção
v Bom dia Vicente! Desculpe por invadir seu espaço, é que fazendo uma de minhas pesquisas consegui o seu e-mail e o que li veio de encontro com um probleminha que surgiu com um aluno essa semana, o qual me deixou muito preocupada. Vou tentar explicar pra pedir sua ajuda: sou professora particular, e dentre meus alunos tenho um com dislexia, o qual pra mim esse transtorno era desconhecido, mas depois que “João”, vamos assim ajuda-lo, passou por uns exames na Associação Brasileira de Dislexia, e foi constatado, passei a estudar sobre esse assunto e apesar de muito pouco tenho ajudado “João”, que por ele mesmo tem conseguido boas notas na escola, ele hoje faz a 1ª série do ensino médio. Mas o que realmente me deixou muito ansiosa e preocupada, foi o fato de uma professora de onde “João” estuda me dizer que nos registros na escola, este aluno consta como sendo DM, que pra mim seria “dislexia moderada”, ela afirma que é “deficiência mental”, o que não vejo semelhança, mesmo porque dentre do que tenho lido, uma criança com dislexia, não necessariamente, possua deficiência mental, auditiva,etc. Haveria possibilidade desse adolescente possuir os dois transtornos ? Eu já estou com ele há 3 anos e nunca ter percebido isso? Mesmo porque minha formação não seja ligada a essa área, mas tenho lido muito e tudo isso, creio eu, tem ajudado.



v Li textos seus textos falando sobre dislexia, e no meio deles falava sobre disortografia. Acho que meu filho, tem esse distúrbio, pois ele tem 10 anos, faz a quarta série e tem dificuldade para escrever corretamente, trocando letras. Ele lê corretamente e não tem dificuldade para interpretação de textos, tanto que não tem dificuldade em outras matérias. Ele se sai muito bem em matemática, mas o problema também é que a auto estima dele é muito baixa, e inclusive ainda faz xixi na cama. O que fiquei na dúvida, foi o seguinte: o que tem haver a disortografia com a dislexia? É um tipo de dislexia? E qual a causa da disortografia? Pode ser hereditário? E o que devo fazer? O meu filho de 6 anos está sendo alfabetizado agora e está tendo a mesma dificuldade. O meu marido teve também problemas para escrever, troca de letras. Já procurei fonoaudiólogo, psicólogo e não resolveu. Agora ele está fazendo análise, e a psicóloga disse que o problema deverá ser de fundo emocional, mas lendo a sua reportagem fiquei na dúvida. Por favor, me mande uma orientação.



v Meu nome é Carla. Eu descobri que tenho dislexia dia: 08/04/2003 pois parei de estudar na 6ª série porque nenhuma escola conhece que existe dislexia. Porém, meus pais correram muito pois quando meus pais descobriram que sou disléxica meus pais ficaram de boca aberta porque não conhecia o que era, gostaria muito que pudesse me ajudar em alguma forma,pois queria voltar a estudar terminar os meus estudos posso ir até a onde o senhor mora pra terminar meus estudos quando voltei a estudar meus pais foram no colégio falaram com o diretor mas nada fizeram, minha mãe falou que era pra eu sair da escola porque pra mim nada resolveu pra mim, preferi sair mesmo da escola porque não estava aprendendo nada mas eu sou feliz mas quero estudar de novo fazer faculdade ter minha vida mas ninguém ajuda ninguém, a minha esperança está nas mãos do senhor o que puder fazer pra mim já estarei grata que Deus ilumine seus caminhos da sua família se me ajudar em alguma coisa mas tentarei fazer o diagnóstico pra ir até a cidade da onde você mora pois moro com meus pais também tenho 30 anos nunca trabalhei na vida dependo dos meus pais mas agradeço a Deus por tudo que tenho se poder me ajudar agradeço muito mais uma vez muito obrigada por tudo que Deus ilumine sua família gostaria muito de ter sua amizade e pra sempre meu abraço sua amiga pra sempre abraço sua amiga Patty.



v Meu nome é Maria, curso Faculdade de Terapia Ocupacional (último ano) e tenho uma paciente de 27 anos que apresenta algumas dificuldades na escrita e na fala. Em uma das atividades que realizei com ela, a mesma apresentou-se nervosa ao ler, trocando algumas letras. Ao pedir para que ela falasse qual o número que estava no dado,a mesma teve dificuldades; tendo dificuldades também em distinguir letras aleatórias, trocando principalmente as letras F e V. A paciente relata ser muito agressiva querendo bater nas pessoas e não gosta de “conviver” com elas. Sente ódio de todos. Gostaria de saber como faço para verificar se ela pode ter Dislexia?



v Meu nome é Mariella, tenho uma irmã de 11 anos com problemas escolares. Ela já reprovou, uma vez na pré-escola e outra na 3ª série, mas a escola vendo que seria prejudicial para ela estudar com colegas tão mais novos a passou.



v Prezado senhor, sou uma pessoa muito interessada neste problema, não que eu tenha mais é que tenho uma vizinha que tem uma filha de 8 anos cuja a capacidade de aprendizagem é zero, depois de freqüentar uma escola pública por quase três anos, a diretora e o corpo docente da mesma dispensou a menina da escola alegando que a mesma precisa de uma escola especial , esse diagnóstico de dislexia foi feito por mim mesma, porem eu não sou educadora, mais baseado no problema a mim relatado de sua dificuldade para aprender eu conclui que ela pode ser portadora de dislexia uma vez que a mesma tem comportamento agressivo por se sentir rejeitada.. Moro em Uberlândia (MG), não conheço aqui nem uma escola especializada nesses casos. Será que tem? Como saber se o caso da garota é mesmo de dislexia? Contando com sua mão amiga para me ajudar desde já agradeço.



v Professor Vicente, tenho uma sobrinha que mora em São Carlos, SP que tem tremenda dificuldade em ler e escrever. Sugeri à minha irmã que procurasse um especialista para diagnosticar se minha sobrinha tem dislexia. Estava pesquisando na internet sobre centros de diagnósticos ou orientação que possam diagnosticar dislexia e deficiência de aprendizado. Durante a minha pesquisa eu encontrei o seu artigo. Gostaria de saber se o senhor pode indicar algum centro especializado ou especialista em São Paulo que possa fazer uma avaliação. Antecipadamente grata.



v Sr. Professor Vicente Martins, tenho notado que meu filho Leonardo de 9 anos, atualmente cursando a 3ª série apresenta dificuldade de leitura e tende a trocar letras como “ b e d ” e se confunde com o som de sílabas como “ se e es ”, o que, segundo seu artigo, enquadra-se em um caso de dislexia pedagógica. O processo de alfabetização do Leonardo foi deficiente pois ele não chegou a cursar o pré-primário, passou do 2º período pré-escolar diretamente para a 1ª série do ensino fundamental. Embora ele não tenha dificuldade de compreensão e entendimento, apresenta uma leitura difícil e lenta, muitas vezes se perde durante a leitura de uma frase , como se apresentasse uma distração na hora de ler. Gostaria de uma orientação de como minha família deve proceder para examina-lo. A quem devo recorrer? Pois resido em Unaí – MG (próxima de Brasília) e não conheço nenhum profissional na minha cidade que trabalhe com dislexia. Atenciosamente.



v Boa noite, Prof. Vicente. Sou aluna do curso de Psicopedagogia, estou fazendo estágio, e tenho uma grande dúvida, este é meu primeiro paciente, fiz o diagnóstico informal da dislexia, e por estas informações ele não tem dislexia. O aluno que estou atendendo, foi encaminhado com diagnóstico de dislexia, ele tem 12 anos, está na sexta série do fundamental, não tem notas boas, é uma criança meiga, de bom comportamento, tem boa leitura,boa interpretação de texto, escreve com poucos erros, boa concentração, dificuldade com a matemática mais sabe a tabuada, gosta de desenho, não gosta de pintar, não gosta de leitura e nem de escrever textos. Quero saber se existe meio de descobrir se realmente é dislexia, qual o caminho que devo seguir. Muito obrigada.



v Bom dia, Professor. Tenho uma filha de 8anos e meio diagnosticada com dislexia, além de ter disgrafia e disortografia. A Fono disse que a dislexia dela é bem leve. Ela lê razoavelmente bem, apesar de soletrar muitas vezes, principalmente as palavras pouco freqüentes, mas eu acredito que a disgrafia e a disortografia nela sejam um pouco mais severas do que a dificuldade de leitura propriamente dita. Ela não consegue escrever uma frase sem cometer vários erros, em palavras que já escreveu várias vezes (sempre escreve valar ao invés de falar, xegou ao invés de chegou, soldade ao invés de saudade, entre outras coisas) e a aparência gráfica de sua letra é muito fraca, parece de criança ensaiando as primeiras letras. No entanto ela gosta muito de escrever, tem um diário, escreve historinhas, só que é uma luta conseguirmos decifrar o que ela quis dizer.



v Tenho um filho de 11 anos, que tem estas características, porém com alguns particulares, ele é extremamente popular, o telefone em casa toca o tempo todo, é hábil em motricidade, destaca-se em tudo que faz, principalmente no esporte, porém tem as características descritas, quando o assunto é leitura ou estudo. Ele tem mais três irmãos um de 20 anos, cursa arquitetura um dos melhores da classe, uma irmã gêmea, que esta na mesma classe e tem a mesma atenção nossa, e tira só 9 e 10 nas matérias, se interessa por filmes, lê as legendas etc, e uma irmã de 9 anos que tem também dificuldades em ler e se concentrar, mas num grau muito menor. A questão qualidade da escrita e a falta de concentração do Pedro, este é o seu nome, nos salta os olhos, e ele só tira notas 1,2,4, assim por diante, ele está na 5ª série, ainda não perdeu nenhum ano,ele está sendo acompanhado pela fonoaudióloga da escola,mas os resultados não vêm. Também coloquei-o em uma professora particular para tentar auxilia-lo nos estudos, e ela diz que ele é muito inteligente, tem um excelente raciocínio lógico, faz todos os exercícios de matemática com acertiva. Sei que a distância é difícil ajudar, mas a seu ver o que devemos fazer??



v Olá professor Vicente!Li seu artigo "O papel dos pais na formação leitora dos filhos" e gostei bastante.Estou no 1º ano do curso de pedagogia e comecei a dar aulas particulares para o ensino fundamental de 1ª à 4ª séries. Tenho uma aluna que está na 3ª série e além de ter algumas dificuldades na leitura e na escrita, também apresenta um déficit fonológico. Ela não consegue emitir o som da letra g, troca pelo che. E também troca o d pelo t.Gostaria de saber se você poderia me orientar sobre o que fazer para ajudá-la. A mãe já consultou fonoaudiólogos e parece que nada adiantou. Desculpe por incomodá-lo, mas gostei da maneira como abordou o problema e espero poder contar com sua orientação.Um abraço Mônica Barreto Sterza Nicoletta.






v Oi Vicente Desta vez escrevo-lhe por uma questão de trabalho...Tenho uma criança de 6 anos e 7 meses que recentemente me tem apresentado algumas alterações na escrita e na leitura.Note.se que ela está connoco desde Janeiro e nessa altura não apresentava estas dificuldades.É uma criança que chegou a nós com uma linguagem e vocabulário muito pobre, linguagem frequentemente à bebé... Tem evoluido muito desde Janeiro, mas nas últimos 15 dias apresenta estas alterações que lhe vou falar.
v ESCRITA DITADO:ESCREVE: - viva (orginal é VIVE) - ilustar (original é ILUSTRA) - la (original é AL) - Vide (original é VIDA) - Peixa (original é PEIXE) - Do (original é DA)CÓPIA:ESCREVE: - do (original é DA) - dios (original é DIAS) - Rodos (original é RODAS) - no (original é NA) - batatas (original é BATATES) - Xilofona (original é XILOFONE) LEITURALÊ: - pe (original é ME) - Xavire (original é XAVIER) - Me (original é EM) - Da (original é DE) - Casedo (original é CASADO) - Duna (original é DONA) - Mes (original é MESA) - Es (original é AS) - Tam (original é TEM)
v Não tem dificuldades a matemática, sendo um aluno excelente nessas matérias.Sei que com a idade e escolaridade não pode ser considerada dislexia... mas poderei considerar que tem caractristicas dislexias..? Ainda não foi observado por uma Terapeuta da Fala... preocupa-me é o facto de cada vez mais estas trocas estarem enraizadas...Assim à primeira vista Vicente o que lhe pareçe?Beijinhos Grandes Sara Oliveira Portugal



v oi muito prazer meu nome é Édna tenho 26 anos moro em Blumenau SC, faço faculdade de pedagogia na FURB, pelos sintomas descritos creio que eu possa ser dislexa e meu filho que tem 7anos, o mesmo não memoriza o alfabeto, faz troca de algumas silabas, peço que me responda o que posso fazer ?



v Preciso saber qual é o tratamento certo para uma criança de doze anos que só agora conseguiram detctar que ele tem disléxia, após 2 anos de tratamento errado tomando remédio para hiperativo(Ritalina), o que devo fazer.



v Caro Dr.Acredito que se vai surpreender com este email e quanto mais vindo de muito distante - Angola- Luanda. Eu sou anabela de Fátima , tenho 39 anos e uma filha de 16 anos.O que me leva a lhe escrever foi ter lido o seu artigo sobre deslexia.A quando do nascimento da minha filha tive um parto mto complicado que posteruormente levou a ciseriana, A criança nasceu ja fora do tempo, ficou 20 dias hospitalizada e em coma. Com o seu crescimento fui-me apercebendo de alguns disturbios causados, todas estas figerenças eram com base na filha de uma vizinha minha que nasceu na mesma altura, o falar, o andar, o compreender era tdo mais lento. Recorri a um pediatra que em informou que a criança tinha peroblemas de atrasos mental e que nunca seria uma criança normal, visto que até era epiletica. (a minha filha dr fazia crises que levavam quase que meia hora a passar) . Sem condições medicas no meu pais e com dificuldades financeirasa de me deslocar para o exterior resolvi a partir daqui de angola fazer alguma coisa. Frequentei cursos de primeiro socorro por causa das crises, fiz fisioterapia porque os momentos eram lentos e sem acção, e falar nada.. Para lhe informar Dr que a Indira compreende tudo, o que se lhe diz.Depois de muito batalhar consegui embarcar para Africa do sul onde fiz variados exames, varias consultas, de neurologia, a fisioterapia, a otorino, electrocefalogramas e por ai onde infelizmente os resultados nao foram agradaveis. Lesão Cerebral de um parto mal feito e de uma irresponsabilidade da equipa médica. Devido a falta de condições em Angola a indira ficou na Africa do sul a frequentar um Centro de apoio a crianças dificientes, onde aprendeu a falar algumas coisas, tornou-se auto independente e cuida de si, aprendeu a conhecer o computador até um limite a dizer o aeiou e por diante. Como mãe solteira e sem capacidade de continuar a manter a minha filha pela africa do Sul fui a todo custo obrigada a te-la ao meu lado, onde sabia de antenão que nenhuma condição eu tinha para ela. Os cavalos, os computadores, os medicos, as massagens por ai. Dr a minha menina tem 16 anos e muito sinceramente nao sei como proceder daqui para frente. eu noto que ela tem uma vontade de aprender a ler e aqui não existe ninguem que a ensine, tem vontade de ter um computador com o material que ela tinha na Africa do sul e aqui é impossivel, se aparece são carissimos, ja recorri a meio mundo, a medicos, a dito especialistas e nao tenho consiguido nada. Estou desesperada. Um palavra, um conselho o que poderei fazer? Ajude-me por favor.. Quero comprar o computador, tenho estado ajuntar dinheiro para o efeito, mas ca em angola nao existe, terei que mandar vir ou de portugal ou do brasil como dr?Muito Obrigada Anabela de fátima



v Professor Vicente há muito tempo que veio lendo seu SITE, ele me foi de grande valia porque me ajudou a compreender melhor o a dificuldade de leitura que meu filho teve na escola. Ninguém sabia como ajudá-lo, nós da família decidimos fazer algo e Criamos o projeto família Lima de incentivo à leitura e contação de histórias em abril de 1996, para ajudar o nosso filho de 08 anos de idade. Depois de ter passado pela pré-escola, série e 2ª série, nessa última ele repetiu por não ter conseguido aprender a ler, por causa da sua “dificuldade específica de linguagem” causada por TDAH - déficit de atenção e hiperatividade, no 1º encontro de pais e filhos, na sede campestre do SINJUTRA-Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho do Estado do Paraná. O seu TDAH foi diagnosticado pelo médico neurologista em 1998, ele estava fazendo a 3ª série do Ensino Fundamental,Antes de saber que ele era portador do TDAH, a pedagoga da escola o enviou para a sala de ensino especial, ele foi considerado doente mental, isso deu um sururu medonho porque me confrontei com a pedagoga. Arranquei meu filho na marra dessa sala e o enviei de volta para sala onde ele estava estudando, junto com as crianças normais...
v Depois de intensa luta e pesquisa eu mesma descobri que ele não tinha a cosciência fonológica bem desenvolvida, o método utilizado no inicio da sua alfabetização foi o global, só depois que mudou para o método fônico foi que ele melhorou, foi aí que o projeto de incentivo à leitura funcionou, trabalhamos com muitas parlendas, histórias infantis, cantigas de roda, hoje o seu problema com a leitura está perfeitamente resolvido, porém, o seu emocional continua um pouco abalado, mas nada que preocupe em demasia, por isto fiz um documentário sobre o assunto, ele está pronto, mas sinto que falta esclarecer melhor essa questão da consciência fonológica. Por causa dos maus tratos que ele recebeu por parte dessa pedagoga houve um abalo emocional importante na vida dele,
v É nesse ponto que gostaria que o senhor me desse uma mãozinha me autorizando colocar as explicações que o senhor escreveu no seu site, especifico sobre consciência fonológica, ou que escrevesse um um artigo para compor o nosso documentário que é muito sério.
v O nosso projeto ficou famoso aqui em Curitiba. O meu nome é Elizia, dois filhos, Olavo, 19 anos que passou por esse problema com a leitura, Selma de17 anos, que vai muito bem na escola, é uma ótima aluna e o meu enteado de 26 anos que é autista, esse aprendeu a ler com 06 anos de idade.Trabalhei muitos anos no Tribunal Regional do Trabalho em Curitiba, hoje, sou aposentada e passo os meus dias lendo e tentando compreender cada vez mais as dificuldades de leitura para ajudar os pais que estão sofrendo com seus filhos. Também oriento os educadores escolares que se interessam pelo assunto.um abraço e obrigada



v Caro Professor Vicente Martins.Moro em Florianópolis e tenho uma filha de 8 anos que está na segunda série mas que até o momento não consegue ler. Ela só começou a falar, de uma forma que outras pessoas pudessem entender, depois dos 4 anos. Até o momento ela não consegue pronunciar o /r/ e tem dificuldades para pronunciar palavras com mais de três sílabas. Minha filha freqüenta a educação infantil desde os dois anos e meio, tem um irmão de 12 anos que não apresentou essas dificuldades, sempre teve acesso a um ambiente que privilegiou a leitura. Também desde os 3 anos ela tem atendimento fonoaudiológico e psicopedagógico. Não tem problemas auditivos, neurológicos ou visuais. Na escola que freqüenta, embora ela não tenha atingido os objetivos da primeira série, optou-se para que ela fosse para a segunda série porque se verificou que houve avanço noaprendizado dela e pela questão afetiva, o relacionamento com a turma.Num exame realizado por fonoaudiólogos, disseram queela tinha problemas no processamento auditivo central. Estou muito angustiada o que me leva a buscar ajuda e escrever, e peço desculpas por estar ocupando seu tempo.Tenho um pouco de medo de rótulos, principalmente aqueles que estão na moda e atribuem toda dificuldadede aprendizagem ao fato da criança ser DDA, como estão sugerindo e empurrando Ritalina. Acredito que não seja dificuldade de aprendizagem, mas uma nova forma de aprender, mas eu, como mãe, não consigo enxergar como ajudá-la e as escolas, pelo visto, também não. Gostaria que o senhor sugerisse bibliografias, estratégias para aprendizagem, ou que profissional procuraria. Alguém me sugeriu que procurasse o grupo da professorar Scliar Cabral, aqui da UFSC. Obrigada,professor, por sua atenção Liliane Stelzenberger de Araújo.



v Fui chamada na escola de meu filho porque ele tem problemas com a escrita, faz trocas de letras como v/f, d/t, ele tem 9 anos está na terceira serie, pediram para que o leve para fazer uma avaliação com uma fono, queria saber se este caminho que devo seguir, ou o que devo fazer grata Cristiane londrina/PR



v Bom dia!!Professor, sou estudante do curso de letras e a pouco venho passando por transtornos antes não percebido o que tem me causado um certo fracasso na faculdade.Tenho um filho de 9 anos extremamente inteligente e que desde a pré escola demonstra um nível de inteligência surpreedente, por outro lado não faz lição, não copi, e apesar disso só tem boas notas, verbalmente ele é excelente mas na parte da grafia não consegue acompanhar a classe, ano passado concordei com a reprovação dele na 2º série como forma de punição, pois achava ele preguiçoso. A situação vem se agravando pois ele está ficando agressivo com os colegas da escola, se acha burro, mas tem conhecimento de todo conteúdo dado em sala de aula. Quanto a sua inteligência não há o que questionar. Gosta de lêr, mas somente livros com pouco conteúdo pois fala que se atrapalha com muitas palavras. Na escola ele tem até tentado copiar as lições, mas se tira o olhar do caderno não consegue retornar de onde parou e desiste. Estou cursando o 6º ciclo do curso de letras e como meu filho imagino ter muitas crianças, jovens e adultos com as mesmas dificuldades. A pergunta é, quero fazer o me TCC em cima desse tema, por onde posso começar, como posso ajudar meu filho?Desde já agradeço Sonele Fábia



v Lei su articulo "Dificultad de lectura y escritura en ninos dislexicos" publicada en Letralia el 2004.Mi hermano que vive en Bolivia tiene dislexia, sin embargo con ayuda de mis padres pudo terminar el colegio, estudio arquitectura y hasta realizo una maestria.El problema es que leer le toma muchisimo tiempo y tiene que leer dos y hasta tres veces los textos para poder captar la idea.Hemos estado buscando por mucho tiempo algun sistema que pueda servirle para nuevamente aprender a leer de una forma mas rapida e incrementando su comprension.Podria usted aconsejarnos libros o textos que podriamos comprar para aprender a corregir el problema de la dislexia en la lectura y mejorar la velocidad en la lectura?Gracias por su tiempo y colaboracion.Sergio Prada



v Estou terminando meu trabalho cientifico sobre a "dislexia x língua inglesa" e gostaria de pedir um auxílio se possível: eu gostaria de saber qual a maior dificuldade que o disléxico pode apresentar ao aprender a língua inglesa, mais especificamente referindo a associação dos fonemas, como por exemplo as palavras irregulares, como no caso de "sea" e "see" que tëm a mesma pronuncia, mas grafia e significado diferente. O que o sr. poderia me dizer a respeito.



v Bom tarde Professor Vicente,Li um texto seu sobre as dificuldades das crianças no processo alfabetização, achei muito interessante. Inclusive gostaria de compartilhar com você dúvidas de " erros" do tipo professoura em vez de professora , boua em vez de boa.Como podemos classificar estes erros, aqui ocorre uma ditongação pela criança por qual motivo?Grata um abraço



v Olá!Visitei o site a procura do assunto "escrita espelhada" para entender melhor o assunto... Tenho uma filhinha de 04 anos que escreve algumas letras/palavras ao contrário, começa do final da linha para o começo... Se possível gostaria de saber até quando é normal... Grata!Elizete Beraldo Fernandes



v Eu só gostaria de uma indicação de um medico especializado que possa examinar minha sobrinha em São Paulo.Se o senhor não pode fornecer esta informação, eu compreendo e peço desculpas por ter tomado o seu tempo. Não sou pesquisadora na área por isso não tenho interesse em comprar o material de pesquisa. Por favor, retire meu nome da lista automática de email.Obrigada,Verônica



v Como trabalhar a leitura e escrita, para crianças com dificuldade de aprendizagem em leitura e escrita.Atenciosamente professora angustiada com o aprendizado dos alunos. Maria das Graças



v Olá, sou mãe de uma linda menina de 9 anos que tem dislexia, ela estna segunda serie e apesar dos meus esforços, continua tendo dificuldade na leitura e escrita. Não temos recursos para leva-la a uma fonodiologa particular e infelizmente a rede publica aqui,moramos em Vila Isabel RJ, é muito deficiente e não consigo vaga para ela nos postos de saude.gostaria de obter exercicios que ela pudesse faze-los em casa, com a minha orientação.Por favor nos ajudem.Muito obrigada, Anna



v Caro Dr Vicente Li seus artigos na internet e gostaria de esclarecer se possivel algumas duvidas .Minha filha eh dislexica , fez PAC , e eh acompnhado por uma fono ha 2 anos. Ela estah na 5a serie e terei um encontro com a direcao do colegio para discutir o assunto .Minha duvida reside nos direitos em torno da dislexia . Nao sou um pai grosseiro que venha exigir algo da direcao , ao contrario , sou professor da rede particular onde minha filha estuda , eu trabalho . Desejo saber se alguem pode ler a prova para ela , se ela tem algum direito a um tempo maior de prova pela lentidao e dispersao - o que se agrava ainda mais em avaliacoes de lingua estrangeira . Se o sr puder fundamentar sua informacao , terei mais subsidios para o encontro . Agradeco muitissimo . Leonaldo de Oliveira Costa .





O papel do diagnóstico das dificuldades de
leitura na intervenção educacional
ü Anamnese
No âmbito de psicopedagogia clínica, refere-se ao histórico que vai desde os sintomas ou queixas iniciais do educando até o momento da observação psicopedagógica clínica, realizado com base nas lembranças do educando e nas avaliações de desempenho do aluno.
ü Catamnese
No âmbito da psicopedagogia clínica, o termo indica o registro da evolução de um educando desde que observado e diagnosticado com dificuldade de aprendizagem após ter feito exames psicopedagógicos.
ü Diagnóstico
O termo é entendido aqui como a frase em que o educador ou gestor pedagógico, procura com a orientação psicopedagógica, a natureza e a causa da DA ( Dificuldade de Aprendizagem ). Em sala de aula, o educador pode proceder com um diagnóstico diferencial informal, onde descarta a possibilidade de distúrbios orgânicos que apresentem sintomatologia comum com a dificuldade apresentada pelo educando. A etimologia da palavra diagnóstico é a seguinte: fr. diagnostic/diagnostique (1759) ‘id.’, do adj. gr. diagnóstikos ‘ capaz de distinguir, de discernir’, de mesma orig. que diagnose, do qual se torna sin., substv. Na loc. gr. diagnóstikê ( tékhné ) ‘ arte de distinguir doenças’.
ü Disgrafia
No âmbito da patologia, o termo refere-se à perturbação da escrita por distúrbios neurológicos. Sua Etimologia: dis- + -grafia.
ü Dislalia
O termo é adaptado de 1873. Nos campos da foniatria e da patologia, diz respeito à perturbação na articulação de palavras por lesão de algum dos órgãos fonadores. Sua etimologia: dis-+ -lalia; f.hist. 1873 dyslalia.
ü Dislexia na Pscolingüística
Termo datado de 1913. No campo da Medicina ou da Psicolingüística, refere-se à perturbação na aprendizagem da leitura pela dificuldade no reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos e os fonemas, bem como na transformação de signos escritos em signos verbais. Tem também a acepção de dificuldades para compreender a leitura, após lesão do sistema nervoso central,apresentada por pessoa que anteriormente sabia ler. Sua etimologia é dis- + -lexia; f.hist. 1913 dyslexia, 1951 dislexia. O prefixo dis vem do grego dús- (por contraposição a eu- e a-), de grande vitalidade no próprio grego clássico,abundantemente representado na terminologia científica, exprime as idéias de: 1) ‘ dificuldade, perturbação’: disartria, díscolo , disenteria, dispepsia, dispnéia, distanasia, distocia, disúria; 2) ‘ enfraquecimento’: dismnesia, disogmia, disopia, distaxia; 3) ‘falta, privação’: disbulia, dissimetria, dissimétrico.
ü Dislexia adquirida
Distúrbio adquirido que se caracteriza pela incapacidade de ler ou deterioração
da função de ler, resultante de um acidente vascular cerebral ou traumatismo
cerebral. Existem quatro tipos de dislexia adquirida: dislexia fonológica,
dislexia profunda, leitura soletrada (dislexia de estrutura de palavra ou
síndrome de Déjerine) e dislexia de superfície.
ü Dislexia de desenvolvimento
Distúrbios de leitura e de escrita que ocorrem na infância. Em geral, a criança
tem dificuldade em aprender a ler e escrever e, especialmente, em escrever
corretamente sem erros de ortografia, mesmo tendo o Q.I. acima da média. O
nível de distúrbios é definido pelo teste de dislexia de Bangor.
ü Dislexia de estrutura de palavra
Incapacidade de ler a não ser pronunciando em voz alta uma letra de cada vez. É
o único tipo de dislexia adquirida que pode ser explicado do ponto de vista
neurológico. Na maioria dos casos a escrita não é afetada.
ü Dislexia de superfície
Incapacidade de ler caracterizada por distúrbios que ocorrem entre o sistema de
reconhecimento visual de palavras e o sistema semântico. O doente continua, no
entanto, a poder dizer a palavra já que o sistema de reconhecimento visual e o
sistema responsável pela produção da voz continuam intactos.
ü Dislexia fonológica
Incapacidade de ler em voz alta as não-palavras e as pseudo-palavras, por
exemplo, "bur", "páquina", enquanto se mantém intacta a capacidade de leitura do
vocabulário corrente. O indivíduo pode acusar igualmente outros sintomas, por
exemplo, erros visuais ao produzir pseudo-palavras na leitura em voz alta, em
vez da palavra existente, por exemplo "páquina" em vez de "máquina". Erros
derivacionais também pode surgir na leitura oral, especialmente quando contêm
morfemas presos.
ü Dislexia na neurolingüística
Tipo de afasia sensorial que se caracteriza pela incapacidade de compreender
palavras escritas ou impressas, proveniente de lesão no lóbulo lingual. O
indivíduo é incapaz de ler corretamente, apesar de a sua visão ser perfeita e
de poder soletrar ou, mesmo, escrever. No caso da criança pode tratar-se de um
fracasso inesperado na aprendizagem da leitura e da escrita na idade prevista
(dislexia de desenvolvimento), enquanto no caso do adulto se trata de
dificuldades na leitura depois de acidente vascular cerebral ou traumatismo
cerebral (dislexia adquirida).
ü Dislexia profunda
Definição: Incapacidade de ler sem cometer erros semânticos. Podem observar-se, igualmente,
outros sintomas, tais como deficiência visual, substituição de palavras
funcionais e erros derivacionais. Palavras dificilmente representáveis por
imagens tornam-se mais difíceis de ler em voz alta do que as de representação
fácil; os verbos são mais difíceis de ler em voz alta que os adjetivos, os
quais, por sua vez, são mais difíceis de ler do que os substantivos. O doente
pode ser diagnosticado como disléxico profundo se na sua leitura em voz alta
forem detectados apenas erros semântica.
ü Disortografia
No âmbito da psicolingüística, refere-se à dificuldade no aprendizado e domínio das regras ortográficas, associada à dislexia na ausência de qualquer deficiência intelectual. Sua etimologia: dis-+ ortografia.
ü Fonema
A mais pequena unidade do sistema fonológico de uma língua. Para a escola de
Praga é "um feixe de traços distintivos abstratos". Para a fonologia estrutural
européia, um fonema é uma unidade abstrata fonologicamente distintiva,
permitindo estabelecer um contraste de significado no interior de um par mínimo.
O estruturalismo americano refere a realidade fonética dos fonemas, no que
respeita à metodologia de análise, dando atenção particular à distribuição dos
sons na seqüência fônica. A teoria gerativa utiliza a palavra segmento para
designar as mesmas unidades, tendo em atenção que nesta teoria elas se situam no
nível abstrato (representação fonológica) que se relaciona com o nível concreto
(fonético) por meio de regras.
ü Grafema
Unidade mínima, discreta, do sistema da escrita; compõe-se de um feixe de traços
gráficos distintivos.
ü Lingüística
Estudo científico da linguagem e das línguas naturais. A utilização deste termo
depende das perspectivas metodológicas, das teorias e das disciplinas que
estudam os diferentes fenômenos.
ü Psicolingüística
Ramo da linguística que estuda a relação entre processos mentais e a linguagem
verbal. Essa relação implica, por uma lado, estruturas cognitivas como a
percepção, a memória, a atenção e, por outro, processos de produção que permitem
ao indivíduo construir uma interpretação a partir de uma cadeia de sons e,
ainda, processos e mecanismos de aquisição de uma língua natural e
desenvolvimento da capacidade de linguagem. Os estudos sobre aquisição e
desenvolvimento da linguagem, resultando do contributo de várias disciplinas
(Psicologia do Desenvolvimento, Psicometria e Patologia da fala) para além da
Lingüística, desenvolveram-se paralelamente às outras áreas da Psicolingüística,
e de modo consistente ao longo do tempo.
ü Queixa
No âmbito psicopedagógico, adotamos o termo queixa por entendermos que qualquer dificuldade de aprendizagem relatada pelo educando, em sala de aula ou no lar, é relevante para o atendimento educacional e a tomada de providências pedagógicas relatado pelo paciente. A queixa discente é, pois, aquela que, na opinião do educando, é a mais importante de todo o seu relato pedagógico e que terminou por levá-lo ao baixo rendimento escolar [Constitui um item em separado e importante da anamnese].







[1] Os relatos de casos de dificuldades em lectoescrita (leitura/dislexia, escrita/disgrafia e ortografia/disortografia) foram enviados, por e-mail, ao professor Vicente Martins. Nas descrições abaixo, foram omitidos dados pessoais dos remetentes bem conservada a grafia original (sic) da mensagem, sem qualquer esforço de correção ortográfica, para dar maior fidedignidade ao texto, objeto de leitura e análise pelos cursistas.

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