segunda-feira, 28 de maio de 2007





As concepções de Chomsky sobre aquisição da linguagem

Kétilla Maria Vasconcelos Prado e colaboradores

O artigo tem como meta principal expor o significado da Teoria Inatista segundo as concepções de Chomsky que considera que todo ser humano possui de forma inata uma gramática, sem esquecer de enfocar a parte criativa e competente do falante.
Acredita-se que o ser humano é biologicamente programado para desenvolver alguns tipos de gramática, sendo assim geneticamente determinados, tanto o conhecimento quanto o comportamento lingüístico.
A linguagem é encarada como um esquema de forma abstrata, ou seja, uma gramática universal com todas as estruturas de todos os idiomas, incluindo as regras e particularidades existentes, a uma língua específica seria, a língua, a concretização desse esquema.
Uma das propostas inatistas é que a criança é dotada de mecanismos de aquisição e eles são ativados com o uso de sentenças gerando conseqüentemente a gramática da língua, a qual, faz parte da realidade da criança, cabendo a ela escolher as regras segundo o idioma que pretende aprender.
A teoria Inatista também pode ser denominada como, hipótese gerativo-transformacional, ou seja, o conhecimento é gerado desde o princípio no interior da criança, podendo ser transformado com a adequação da mesma em seu universo de aprendizagem.
Quando o lingüista gerativista compara as frases desenvolvidas pelas
crianças com a de adultos, ele percebe, diferentemente de outros profissionais
do meio, que as crianças não estão simplesmente produzindo imitações reduzidas das expressões dos adultos, mas que elas possuem uma maneira própria para se comunicar.
A linguagem não pode ser considerada como um módulo cognitivo, visto que há exemplos em que pessoas com problemas mentais podem não necessariamente apresentar problemas lingüísticos.
Podemos observar que é necessário os dados de entrada (input) serem processados devido aos valores paramétricos geneticamente programados para se fixarem e maturarem de modo gradual, só assim, ocorreria a transformação da Gramática Universal para uma gramática da língua em questão.
No estado inicial a criança é dotada de uma gramática universal (GU), que são subsistemas onde estão inseridos os princípios e regras comuns à linguagem de modo geral. Através de uma estrutura cognitiva a criança inicia seu processo de aprendizagem sobre os termos da natureza da linguagem e os mecanismos necessários para maturar e chegar a uma gramática adulta que segue as normas cultas.
É interessante ressaltar esse fato curioso em que todas as crianças parecem seguir uma trajetória parecida no processo de aquisição da linguagem, a (GU) aplica-se a isto e não leva em consideração alguns fatores como raça, classe social, inteligência ou conhecimento cultural.
Dois termos são usados por Chomsky, a “competência” que mede o conhecimento do falante, envolvendo a percepção das regras que regem o uso da linguagem em contexto social e também o “desempenho” que representa o ato de usar, o modo com que o falante utiliza o conhecimento.
Os exemplos pesquisados mostram casos, que merecem uma reflexão, sobre a influência do meio, pois foram constatados casos em que mesmo em ambientes desfavoráveis algumas crianças conseguiram atingir um grau perfeito sobre a gramática e assim podemos especular por diversos meios para obter a análise completa.
O mentalismo acredita na existência da mente, que nela há suportes em termos psicológicos. Podemos obter esse questionamento quando observamos por exemplo,que se a linguagem é inata provavelmente ela já se constitui inserida na mente do indivíduo.
Sendo a linguagem inata, ela não pode ser adquirida, o lógico seria dizer que ela cresce, matura, desenvolve-se naturalmente,ou como Chomsky afirma, organicamente.
A linguagem serve como canal para a expressão do pensamento, e os seres humanos são dotados dessa capacidade de formar conceitos em detrimento de outros, o que é crucial para a aquisição do significado dos vocábulos.
Através de seu processo oral, a fala é considerada mais simples, enquanto
a escrita é mais complexa, pois em princípio o Inatismo é irrelevante para a aprendizagem da escrita, pois ela não é considerada inata aos homens, um exemplo disso é que há culturas onde não havia registro de escritos, sendo a escrita uma atividade culturalmente aprendida.
Como entender o bilingüismo infantil, na adolescência e na fase adulta? De acordo com as interpretações inatistas nos dois primeiros casos a (GU) está disponível, então se desenvolvem duas ou mais línguas, enquanto os adultos têm mais dificuldades, não devido à função da gramática universal, mas por um processo cognitivo para desenvolver habilidades.
Veremos também, mesmo que de modo não aprofundado, mas como complementação, o Construtivismo, no qual as crianças irão construir gradativamente a linguagem.
Abordaremos mais adiante o Cognitivismo, em que Piaget propõe que o conhecimento cognitivo passa por estágios, entre eles temos, o sensório-motor (0 a 18 meses), o pré-operatório (2 a 7 anos), operações concretas (7 a 12 anos) e operações formais.
Observaremos ainda, o Interacionismo de Vygotsky, o qual, diz que o desenvolvimento da fala segue os mesmos padrões de qualquer uma das outras operações mentais, como também destacaremos os papéis da fala e o adulto como figura que cria a intenção de comunicar, servindo como facilitador do processo de aquisição numa relação entre língua e pensamento.
Enfim, trataremos de um panorama sobre a corrente teórica de Chomsky, o Inatismo, tentando explicar alguns processos lingüísticos e como a criança desenvolve ou adquire a linguagem, utilizando exemplos, propondo temas para análise e discursão.

O presente trabalho, sob a orientação do professor Vicente Martins., da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado do Ceará, contou com a elaboração das alunas do Curso de Letras Kétilla Maria Vasconcelos Prado, Lady Dayana De Lima E Silva, Elvira Lima Moita, Glauciane Coutinho Henrique e Francisca Assunção Carneiro e Albuquerque

Um comentário:

Liz Ditz disse...

Hi, it is Liz from I Speak of Dreams. I am sorry to be writing in English, but it is my only language.

I write about dyslexia a fair amount as my daughter is a well-remediated dyslexic student.

Some people believe that dyslexia only exists in English-language speakers.

Clearly you have a different view. What do you think the incidence of dyslexia is in other languages?

I think you are writing in Portuguese, and I suspect that you are writing from Brazil. Am I correct?